Por ocasião dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, o evento, na sexta edição, convoca os artistas e os criadores a partilhar com o público criações artísticas impulsionadas pelo ímpeto de promover o pensamento e refletir sobre a condição humana.
O programa, organizado pela Câmara Municipal de Setúbal, tem na exibição do “Estendal da Liberdade”, a 6 de julho, um dos destaques, com dezenas de frases, desenhos, poemas, colagens, entre outras formas de expressão artística alusivas à temática da Liberdade.
A iniciativa decorre entre as 10h30 e as 12h30, na Baixa, numa organização da Dar Cor à Vida – Associação Cultural em parceria com o município setubalense, no âmbito do projeto PO.VOAR, que visa refletir sobre o território e o espaço público através da inclusão pela arte e da democratização do acesso à cultura.
O “Estendal da Liberdade” inclui ainda performances nas montras, janelas, ruas, largos e travessas da Baixa, num evento com os contributos de dez artistas – Raquel Belchior, Gracieth Evalina, Inês Pucarinho, Catarina Mota, Gonçalo Freire, Luís Santiago, Nylon Princeso, António Valente, Helena Tomás e Ustad Fazel Sapand – e de cinco associações – APPACDM, Vozes da União, Grupo Cru, Coletivo Pele ponto final e Ervilha Maravilha.
O programa da MAPS, centrado no espaço municipal A Gráfica – Centro de Criação Artística, com uma programação de dez dias, começa a 4 de julho, às 21h00, com “Vanishing”, espetáculo de dança e música, de Bruno Senune e Beatriz Valentim, com uma coreografia em que os vencedores da terceira edição das Bolsas de Criação Artística de Setúbal refletem sobre a efemeridade da dança e do ato performativo.
O artista visual João Fortuna e o músico Huesos del Niño apresenta, ainda no dia 4, às 22h30, em A Gráfica, “Movimentos Pendulares”, instalação com vertente sonora e com ativação através de concerto, que parte da história e património ferroviário para pensar sobre questões sociais contemporâneas.
O espaço A Gráfica apresenta “Labia”, no dia 5, às 21h00, performance de caráter processual e transmutante de encontro entre artistas multidisciplinares e transdisciplinares, orientada por Jo Castro.
Segue-se, às 22h00, a performance de dança “Medo a Caminho”, de Rui Catalão, com solo de Luís Mucauro.
A criação relata a história de vida da família moçambicana Mucauro e o papel que nela exerce um pai autoritário, cuja vontade se confunde com uma vontade divina… ou tão-só com a herança da guerra e do colonialismo.
O dia 6 é dedicado aos mais novos, com Cláudia Gaiolas a levar ao Jardim do Quebedo, às 17h00, o “Ciclo Antiprincesas – Catarina Eufémia”, encenação focada na história de Catarina Eufémia.
A MAPS regressa ao espaço A Gráfica no dia 11, às 21h00, com Pedro Banza a apresentar “Abalada do Cante”, concerto/documentário de criação artística coletiva e multidisciplinar, sustentado na pesquisa e recolha de história oral sobre as histórias de vida de três gerações de mulheres da mesma família, com origens alentejanas a viver em Setúbal.
A Gráfica – Centro de Criação Artística acolhe “Belonging | E Di | Pertenencia | Zugehörigkeit | Pertença | 絆”, dia 12, às 19h30 e às 22h30, espetáculo com imagens e música ao vivo apresentado por Raquel André.
No último dia da MAPS 2024, 13 de julho, Lígia Soares e Henrique Furtado Vieira propõem “Morrer pelos Passarinhos”, coleção de performances de baseada na relação histórica entre a crise e a emergência de diferentes vanguardas artísticas, com sessões às 19h00 e às 21h00.
“Movimentos Pendulares”, instalação artística e performance musical de André Neves e Diogo Costa, encerra a sexta edição da MAPS, a partir das 23h00.
A programação proporciona também uma vertente de formação, com artistas a convidar o público a perceber o que está por trás de cada criação e como se pode criar o seu próprio projeto.
No dia 6, às 15h30 e às 18h00, Catarina Vieira conduz, em “Lugar X”, uma reflexão sobre os lugares do comum, enquanto no dia 11, às 18h00, Inês e Carlota Oliveira dinamizam uma oficina de corpo intitulada “Ficar no Papel”.