A exposição de arte fotográfica e pensamento “A Espiritualidade da Arrábida”, patente entre 9 de setembro e 7 de outubro no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, comemora os 470 anos da criação da Paróquia de S. Sebastião.
A pretexto desta efeméride e com vista ao jubileu dos 475 anos, que se celebra em 2028, os Amigos da Paróquia de S. Sebastião convidaram oito fotógrafos e dez pensadores para se inspirarem na temática “A Espiritualidade da Arrábida”, desafiando-os a exprimirem arte e pensamento através da fotografia e da escrita.
O resultado é mostrado ao público numa exposição coletiva no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, a qual também tem como objetivo homenagear o fotógrafo setubalense Américo Ribeiro e dois poetas intimamente ligados à Serra da Arrábida, Sebastião da Gama, cujo centenário do nascimento é celebrado em 2024, e Frei Agostinho da Cruz.
Alberto Vale Rêgo, Casimiro Henriques, Frei Hermínio Araújo, Isabel Melo, João Reis Ribeiro, Joaquina Soares, José António Chocolate, Lourenço de Morais, Maria Helena Mattos e Salvador Peres são os pensadores envolvidos na iniciativa, enquanto os fotógrafos convidados são Alberto Pereira, Carlos de Medeiros, João Completo, João Moura, José Alex Gandum, José Canelas, Nazar Kruk e Rosa Nunes.
Alberto Pereira e Carlos Sargedas são responsáveis pela realização de curtas-metragens, no âmbito de uma exposição organizada pela Paróquia de S. Sebastião – Setúbal e pelo Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal/Associação de Municípios da Região de Setúbal, tendo como curadores António Melo, Isabel Melo e Joaquina Soares.
Integrada no programa de Comemorações dos 470 anos da Paróquia de S. Sebastião, e patente ao público de terça-feira a sábado das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, a iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, da Junta de Freguesia de S. Sebastião, da Associação Cultural Sebastião da Gama, do Synapsis, do Arrábida Legend e das empresas Casa Ermelinda Freitas, Nuno de Mesquita Pires e Secil.
A Paróquia de S. Sebastião foi instituída pelo arcebispo de Lisboa D. Fernando em 14 de março de 1553, por separação da Paróquia de Santa Maria, através de uma Carta de Desmembração e Separação.
O território da paróquia englobava o arrabalde de Palhais, o Bairro das Fontainhas, as Hortas e a Mouraria, nomeadamente as ruas compreendidas entre o Postigo do Ouvidor e a Porta da Vila, tendo sede na Ermida de São Sebastião, situada no atual Largo dos Defensores da República ou Largo do Miradouro.
A sede paroquial foi mudada duas vezes, primeiro, em 1821, para a Igreja de Nossa Senhora da Boa Hora, a Igreja dos Grilos, e depois, em 1835, para a Igreja do Convento de S. Domingos, entretanto extinto, onde ainda se encontra.
A igreja paroquial de São Sebastião foi fundada entre 1564 e 1566, numa obra cujo patrocínio e traça são atribuídos, respetivamente, a D. Sebastião e ao arquiteto régio Afonso Álvares, também responsável pelas igrejas de São Roque, em Lisboa, e do Espírito Santo, em Évora, seguindo o modelo maneirista.