Um total de 26 restaurantes de Lisboa, Mafra, Palmela, Setúbal, Vila Franca de Xira e Torres Vedras participam na primeira edição do “À Mesa com os Romanos – Semana Gastronómica”, inserida no projeto “Lisboa Romana | Felicitas Iulia Olisipo”, da Câmara Municipal de Lisboa.
Os parceiros da rede metropolitana que integram o projeto “Lisboa Romana | Felicitas Iulia Olisipo” foram desafiados a elaborar, em cada município, um roteiro gastronómico envolvendo restaurantes, chefs e escolas de hotelaria, para decorrer em simultâneo nos seis concelhos.
Numa semana gastronómica que tem como objetivo redescobrir, promover e divulgar a gastronomia de Roma Antiga, através dos seus ingredientes e das suas receitas, cada um dos 26 restaurantes selecionados para o evento disponibiliza um prato inspirado na alimentação dos romanos, com base numa confeção própria.
A rede de parceiros que representa o concelho de Setúbal é composto pelos restaurantes Charroco (chef Archan Tamang), Xtória (Rafael Portásio e Leonard Conral), Casa do Peixe (Luís Cruz), Casa do Mar (Luís Mendes e Francisco Lino de Sousa) e Vela Branca (João Oliveira).
O Charroco apresenta xerém de bivalves com torresmo de choco, o Xtória propõe L’Eau de Peixe, a Casa do Peixe bolinhos de salmonete com creme de favas picantes, a Casa do Mar salada de peito de pato e o Vela Branca tataki de cavala com legumes grelhados e molho teriaky de garum de espadarte.
As reservas devem ser efetuadas diretamente para os restaurantes aderentes nesta ligação.
O molho garum, recriado pelo projeto Selo de Mar, em parceria com as ruínas arqueológicas de Troia, é um dos produtos essenciais na cozinha romana e Victor Vicente, investigador e um dos impulsionadores deste projeto, tem promovido alguns workshops com chefs de cozinha sobre o uso deste condimento precioso, que era extremamente caro à época.
O projeto “Lisboa Romana | Felicitas Iulia Olisipo” é já uma referência na divulgação do legado histórico e arqueológico da área geográfica que outrora compunha o antigo município romano de Felicitas Iulia Olisipo e o seu Ager, sensivelmente equivalente ao território da atual Área Metropolitana de Lisboa.
Iniciado em 2017, é um projeto inovador de trabalho em rede no qual participam 18 municípios, concretizado pelo estabelecimento de parcerias entre diversas entidades, públicas e privadas, que se propuseram a reunir o rico acervo arqueológico da área geográfica ocupada pelo antigo município romano Felicitas Iulia Olisipo.
Em 2021, o projeto foi distinguido com o Prémio Património.PT para a “Melhor Estratégia de Touring Cultural” e com os Prémios APOM, da Associação Portuguesa de Museologia, nas categorias de “Informação Turística” e de “Investigação”.